terça-feira, 15 de abril de 2014

artigo / Do agnóstico, do crente e do ateu

Existe uma grande diferença entre um ateu e um agnóstico, que mesmo eles, ateus e agnósticos, muitas vezes não sabem. O agnóstico é um tipo muito comum, que geralmente se apresenta como ateu ou crente. O crente agnóstico é aquele que professa uma fé em Deus, mas vive como se não cresse. Não aceita Deus como seu senhor, agindo independente e muitas vezes contrariamente aos ensinamentos daquele Deus em quem diz acreditar. Também não exerce sua fé Nele quando precisa de ajuda. Da mesma forma, muitos que se dizem ateus, em momentos de fraqueza pessoal, buscam apoio espiritual religioso. São agnósticos, isto é, não tem conhecimento de Deus. Agora, o ateu, na acepção da palavra, é um crente na inexistência de Deus. É a respeito deles que Jesus fala que não tem perdão nesta vida física nem na futura, porque blasfemam contra o Espírito Santo.

O ateu, geralmente, é um intolerante religioso. Não se conforma com aquele que crê, da mesma forma como os fanáticos que se investem contra aqueles que diferem de sua fé. O respeito ao próximo parece ser uma diretriz de todas as religiões, de toda filosofia, dos princípios da civilidade. Poderiam nos perguntar se não seria razoável se manifestar contra a existência de Deus da mesma forma que os crentes podem se manifestar a favor. Mas não é um raciocínio lógico. A crença é própria de quem procura se superar, fazendo o bem. Seria legítimo combater o desrespeito, a ameaça, a agressão, que até podem surgir em meio a fanáticos, geralmente contrariando os próprios princípios que consideram sagrados. Mas não o ato de crer. Crer é um direito sagrado, que ninguém pode subtrair.

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