Caminha, meu filho,
sem medo da vida
que tua querida
mamãe te olhará.
Se algum empecilho
travar os teus passos,
dos males do laço
socorro terás.
Caminha, meu filho,
com fé na vitória,
que um grito de glória
te vem coroar.
Não deixes que o brilho
reinando contigo,
despreze o amigo
que quer te abraçar.
Procura amizade,
meu filho amado,
não deixes de lado
a quem te quer bem.
Se alguém, pela idade,
já não mais promete,
meu filho, merece
carinho também.
Caminha, meu filho,
de cabeça erguida,
que tua querida
te quer grande e forte.
Se algum desafeto
te vier a enfrentar,
viver é lutar
sem medo da morte.
Sê sempre prudente
nos teus afazeres,
cumprir os deveres
com dedicação.
Pra que dessa gente,
ao te ver passar,
ouvir murmurar:
- é bom coração.
Estejas atento
na festa e na dor.
Demonstra o valor
do bem - retidão.
Virá como vento
alguém te querer,
só deves temer
a vil escravidão.
Se abandonares
as minhas palavras
(que dor que me lavras!)
será tudo em vão.
Ao não alcançares
o teu sonho, ideal,
será teu o mal.
- Espera-te o chão.
Tatuí, 1978
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