À beira de um rio, uma vez
ela me falou como quem escreve:
- Se não conheces profundidade,
não arrisques um mergulho.
Um dia, andando pela rua
falei de amor. E ela:
- Se não conheces distâncias,
nunca inicies um caminho.
Uma hora, falei de saudade
e ela, como quem chora:
- Se não conheces o tempo,
não marques um encontro.
Um instante houve em que os lábios
quase se encontraram. E ela disse:
- Se não conheces a arte da esgrima,
não saberás o lado com que o sabre fere.
Hoje me encontro à beira de um rio
a lembrar alguém que passou.
- Se não conheces ternura,
não entenderás estes versos.
Lindo poema!
ResponderExcluirTanto que peguei emprestado para publicar em meu blog; qualquer coisa, depois devolvo ok?
Um abraço.
Este poema pertence ao livro Relevos, de Odimar Martins, e foi publicado neste blog com autorização do autor.
ResponderExcluirOdimar também aprovou a republicação do poema no blog de zcarlos.
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