(Rubens Oficial)
Livro é uma mídia, um meio de comunicação de massa. Quando se diz ‘escrever um livro’ é o mesmo que dizer ‘tomar um cálice’, uma figura de linguagem. O escritor, na realidade, escreve um romance, uma monografia, uma biografia, um ensaio etc.
Certa vez que escrevi que Maurício Loureiro Gama, ao publicar Risonha e Franca, deixava de ser um escritor sem livro. Fui censurado, porque não havia ‘escritor sem livro’. Então retruquei: se alguém escreve muitos romances, estudos científicos, contos, crônicas, poesias etc, mas não os publica em livro, não é escritor. Mas, postumamente, sua família resolve publicar toda a sua obra e, então, depois de morto, ele passa a ser escritor... Faz sentido?
O livro, como se sabe, nem precisa ser escrito. Gosto muito de livros de fotografias, de desenhos e de pinturas.
O livro, assim como os planetas, precisa de um tamanho mínimo para assim ser classificado. Quando inferior a 28 páginas, é chamado de opúsculo, brochura, livreto ou livrote. Ou mesmo livrinho, mini-livro.
E o que dizer de livros eletrônicos e áudio-books? São outras mídias. São chamados de livros, mas em sentido figurado. Assim como em Tatuí a poeta Cristina Siqueira fez o seu livro de rua: poemas ilustrados espalhados por muros da cidade.
Os primeiros livros eram rolos de pergaminhos, escritos a mão, um a um, como os livros da Bíblia. Aliás, a palavra bíblia vem do grego byblos (βύβλος), que significa... livros!
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