Dos teus cabelos negros
fizeste uma moldura.
Teus lábios cor-de-rosa
se abriram em botão.
E teus olhos malandros,
revestidos de ternura,
brilharam em tua face
como a estrela na amplidão.
Um sussurrar baixinho
me sopraste ao ouvido.
São coisas tão pequenas
como a brisa da manhã,
mas faz um bem pra gente,
nos embala e, comovido,
respondi à tua graça
qual se fosse à minha irmã.
Aquele teu sorriso
com capricho preparado
me encheu todo de pejo
e em tua face vi rubor.
Porém falou mais forte
quando me serviste um beijo.
Bem vi que aquilo tudo,
aquilo tudo era amor.
Tatuí, 1979
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