Rubens Oficial
Eu era moço,
muito moço
e namorei
uma moça,
quase menina.
E ela me abriu
seu coração
e me mostrou
a beleza,
o amor,
o carinho.
Cada pepita
mais linda
que outra pepita.
E depois me disse
para que as tomasse
em minhas mãos,
que eu as sentisse
o paladar,
que as haurisse
o perfume
e as guardasse
em meu coração.
Eu era moço,
muito moço
e namorei
uma moça
quase menina.
E ela me disse
que eu era
um homem maravilhoso.
Eu: um-ho-mem
ma-ra-vi-lho-so!
Nunca ninguém
me chamara assim!!!
Eu era moço,
muito moço,
que em homem
se transformou.
Tatuí, 1983
Este poema foi publicado no jornal Folha de Boituva.
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